A juíza da 1ª Vara Federal de Florianópolis, Marjôrie Cristina Freiberger, acolhendo os argumentos apresentados pelos sócios Hélio Rubens Brasil e Deivid Willian dos Prazeres e pela advogada Nívea Cademartori, prolatou decisão na última sexta-feira (15/09) e determinou a soltura do reitor da UFSC e outros indiciados na denominada Operação Ouvidos Moucos.
Os advogados acompanharam a liberação dos presos, por volta das 21h, em frente ao Complexo Prisional de Florianópolis. A decisão da juíza ocorreu depois de pedido das defesas dos indiciados de que a prisão seria desnecessária diante da manutenção das demais medidas que decretaram afastamento das funções públicas, impedimento de entrarem na UFSC e de que tivessem a qualquer material da UFSC relativo ao caso até o final das investigações.
No pedido de revogação das prisões, os advogados, além de informarem que o reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo é cardíaco, tendo sido submetido a um cateterismo no final do ano passado, alegaram que as medidas já tomadas, como apreensões, o afastamento das funções e a proibição de ingressar nas dependências da universidade, substituem a necessidade da prisão.
No despacho, a juíza destacou que foram apreendidos documentos, celulares, entre outras provas, não sendo mais necessária a manutenção da prisão temporária. “A própria Delegada da Polícia Federal no Evento 2 (Representação Busca2) requereu fosse autorizada a liberação de todos os presos após seus interrogatórios. Entretanto, após instada a manifestar-se nesse procedimento, a Delegada da Polícia Federal insistiu na continuidade da prisão em virtude do prosseguimento da investigação e necessidade da oitiva de pessoas envolvidas na operação”, diz trecho da decisão emitida.
Fontes: Diário Catarinense e Notícias do Dia